quinta-feira, 2 de abril de 2009

'Casamentos ainda me emocionam' (por Daniel Lélis)


Podem me chamar de conservador, arcaico, reacionário, "jovem com mente de velho!". Podem me chamar do que for, mas ainda me emociono com casamentos. Seja de quem for e onde for, para mim há sim uma beleza incontestável naquele momento. Noivos, alianças, vestido, música, decoração, o "sim!", buquê (por que não?), e tudo o mais presente numa cerimônia de casamento me comove.

Seja no civil ou no religioso (ou em ambos), cada um com suas particularidades, o casamento é muito mais que um contrato ou uma instituição religiosa. Casamento é o marco de um compromisso que se quer que seja eterno. É o ápice da história de amor (ou paixão) que une duas pessoas. É formalidade que se envolta de desejos e mitos. É o brotar de uma nova família.

Segundo pesquisas, nunca tantos casamentos foram desfeitos no Brasil. Por quê? Ora, porque o casamento assim como muitos valores (que estão acima de ideologias) estão sendo deixados de lado. Banalizou-se tudo. A violência já não espanta. A corrupção não só é aceita, como é propagandeada. Ética e moral são abstrações inalcançáveis. A lealdade é atributo dos fracos. A fidelidade é utopia. O respeito precisa ser comprado.

Não espanta portanto, que o casamento tenha mesmo se tornado um ato grosseiramente antiquado, que deve ser visto com desprezo e indiferença por aqueles que contemplam uma "nova visão de mundo!". É uma pena.

É claro que a defesa que faço do casamento comporta excessões, logo não acho justo nem gracioso (embora aceito em muitas culturas. Inclusive na nossa até pouco tempo) casamentos comprados ou arranjados, que exalam machismo e oscilam entre o mal gosto e a ignorância.

Contudo, considero digno da mais árdua defesa e admiração o casamento que surgiu do consenso, do respeito, da aspiração de viver a dois. Enfim, o casamento feito do amor verdadeiro, o INCONDICIONAL.