Barulhentos e baderneiros. É assim que qualifico os movimentos juvenis em defesa dos direitos GLBT que conheço. Só gritar e espernear, sem fazer nada de concreto, há muito tempo deixou de ser um modo eficaz de conseguir qualquer coisa. Se é que algum dia já o foi. Mas não é assim que pensam os "revolucionários de shopping". Para eles, o mais importante é fazer espetáculo. É bater lata. É pinxar muro. É exigir respeito sem o tê-lo por ninguém.Partilham a maioria destes "revolucionários" do ideal de que é com a força (até a armada) que progredimos. Tolice pura. É só aquela velha mania juvenil de declinar ao falido e utópico ideário de esquerda que apregoa o combate ao imperialismo, ao capitalismo e blá-blá-blá , vitimizando-se e inventando um inimigo imaginário a ser combatido. Criaram até a idéia de que o capitalismo é que é culpado pela homofobia. Pode? Melhor não dar nome aos bois (opa boi lembra fazenda, e fazenda lembra latifundiário! E esquerdóide que se preze tem horror ao latifúndio), já que é perda de tempo, mas é necessário se fazer uma análise crítica profunda desses grupos, de modo a evitar que mais jovens caiam no descrédito por aderirem a teorias obsoletas disfarçadas de "visões inovadoras" que mais atrapalham que ajudam na hora de lutar contra a homofobia.Militância de verdade se constrói com diplomacia, urbanidade, honestidade e realismo. Sem espaço para fantasias, bagunça, extremismos e grosseria. Extremismos como o de uma "revolucionária" que certa vez desejou (e que bom que parece que ficou só no desejo mesmo) destruir a entrada de um prédio público porque ele estava fechado, e pelo que me recordo, era necessário pegar algo lá dentro para um evento. Definitivamente não é disso que precisamos.