domingo, 10 de janeiro de 2010

'Os direitos humanos como pretexto' (por Daniel Lélis)


A quem interessa a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH -3), aprovado por Lula (que confessou não tê-lo lido antes de assinar) através do Decreto 7.032, de 21 de dezembro de 2009? Aos esquerdoides, é claro. Quem são eles? Esquerdoide é todo aquele ser que acredita piamente que o comunismo não acabou, mesmo que a história teime em contrariá-los; que condena o capitalismo, mas adora Coca-Cola; que odeia enfurecidamente o neoliberalismo, mesmo sabendo que ele é o único sistema político-econômico que deu certo; abomina o consumismo, mas não abre mão de encher as sacolinhas quando vai ao shopping; que demoniza os EUA, mas não dispensa um filme hollywoodiano; esquerdoides são aqueles que acham que Stalin, Lênin e Mao, sanguinários ditadores que assombram a humanidade, foram apenas homens apaixonados pelos ideais de igualdade e justiça social. O PT (Partido dos Trabalhadores) é um partido que compreende uma grande leva de esquerdoides. O Governo atual, por consequência, está repleto deles. Mas voltemos ao PNDH-3, que é o tema deste artigo. Para quem não sabe o que é, trata-se da última grande estratégia governista para tentar impor a ideologia esquerdoide a todos os brasileiros. É mais uma tentativa forçada de fazer valer a todos a cartilha do PT.
Os Direitos Humanos, é bom que se esclareça, são na verdade um pretexto; uma embalagem bonita que esconde os verdadeiros propósitos do programa. Olhando, sem zelo e cuidado, o mesmo poderia parecer um avanço sem precedentes. Engano feio.
Dentre as propostas absurdas do Programa, que prevê no total 521 medidas, estão: a decretação do fim da propriedade privada; a legitimação da atuação de grupos terroristas, como o MST; a desvalorização do Judiciário e o menosprezo pela Lei, em benefício de uma suposta promoção da reforma agrária; a usurpação de funções essenciais do Poder Legislativo; a satanização do agronegócio; a subordinação da pesquisa científica e tecnológica a peneira ideológica; e as mais graves: a revisão da Lei de Anistia, de modo a patrocinar o revanchismo dos militantes de esquerda que lutaram contra o regime militar; e o controle, fiscalização e punição dos veículos de comunicação brasileiros que violarem o que for definido pelos esquerdoides como “direitos humanos”.
Pois bem. Trata-se o PNDH-3, portanto, de um ataque covarde e ambicioso ao Estado Democrático de Direito. É um conjunto de proposições, que em sua grande maioria, visam estabelecer e institucionalizar, de forma autoritária e desonesta, a visão de mundo que tem o PT e afins. Quem se nega a reconhecer, que visite o programa de governo do partido na internet. Está lá para quem quiser ver.
Enfim, caro leitor, o direito humano a informação livre e imparcial; o direito humano à propriedade; o direito humano de se posicionar conforme a ideologia que melhor lhe aprouver; o direito humano à democracia, com a manutenção enérgica e contínua de suas Instituições; todos estes e tantos outros, conquistados a duras penas por nós, correm sério risco. E tudo em nome do quê? Ora, justamente e ironicamente, dos DIREITOS HUMANOS. Essa, nem Mao Tsé-Tung, que dizia que “o poder político nasce do cano da espingarda”, seria capaz de explicar.