Parece que ela nos fugiu das mãos.
Encontramos nossos pescoços em meio à forca da humilhação.
Vemos nosso caráter ser questionado sem motivação.
Deparamos-nos com um outdoor falando de homens e mulheres como se nós não fossemos também.
Encontramos nosso orgulho jogado pelo chão.
Vemos irmãos de condição serem mortos da forma mais terrível e desumana.
Mas nós resistimos.
Pois nossa voz ecoa mundo afora.
Nosso brado avança os mais variados continentes.
Assim estivemos em Jerusalém.
Assim estávamos na Rússia.
Assim colorimos São Paulo.
E sabemos que nada vai nos fazer desistir.
Somos a esperança da tolerância.
A força que motiva um mundo melhor.
O brilho que ofusca o desrespeito.
Somos o que somos.
Ontem, hoje e sempre.
Ontem fomos enforcados.
Hoje ainda nos xingam.
Amanhã nós seremos simplesmente seres humanos que se amam.
Abaixo nossos irmãos de condição conformados.
Viva aqueles que lutam pela nossa dignidade.
Pois por mais que nos neguem tão precioso valor.
Nossos corações sempre o terão.