terça-feira, 25 de março de 2008
'A homofobia, os intelectuais e os nem tanto assim' (por Daniel Lélis)
Muitos acham que apenas ignorantes (sentido aqui restrito apenas às pessoas que não dominam o bom uso da palavra) sabem encarnar como ninguém o papel de homofóbicos. Porém, o que se vê atualmente é a representação da massa desprovida de conhecimentos básicos por homens e mulheres que conseguem formalizar pensamentos e inverdades em forma de regras a serem vistas com admiração devido ao bom uso dos termos e as suas jogadas intelectuais, preparadas para convencer.Muitos são os exemplos destes pré-intelectuais que saem na missão de convencer as pessoas que homossexuais adoram fazer apologia da sua sexualidade ,que vão transmitir a sua homossexualidade aos seus filhos adotivos, que são anti-neodarwinistas e por aí vai. Entre eles, o pseudointelectual Júlio Severo. No site em que publica seus textos, "Mídia sem máscara", Júlio dá um espetáculo nas formulações gramaticais e a coesão é digna de um grande escritor. Autor do livro "O movimento homossexual", Severo conhece bem a formalidade. Só não entende mesmo é de dignidade e respeito aos direitos humanos homossexuais. Júlio Severo é porta-voz do grupo de afetados que por inveja (ou repressão. Entendam como quizer) perseguem os homossexuais, dispensando horas e horas com armações das mais infames contra a figura do gay. André Petry é o oposto de Júlio Severo. Colunista da maior revista brasileira, Veja, Petry é o representante dos intelectuais (este sim um verdadeiro intelectual) que sabem que o Estado Brasileiro precisa reformar suas leis para garantir os direitos civis dos homossexuais. Quem lê Veja já deve ter se deparado com algum texto de André defendendo a dignidade de minorias sexuais. A trupe de pré-intelectuais afetados que tem voz ativa precisa ser combatida.Todo intelectual que se dê o respeito precisa aprender que o mundo só será melhor quando todos souberem valorizar a dignidade humana dando o valor merecido ao respeito e a cidadania de todos. Como seria bom se existisse pelo menos um André Perty em cada cidade e que exemplares de Júlio Severo só fossem vistos em livros de história. História descolorida pelo atraso.